Existindo apenas em pensar neles, os pecados capitais surgiram nos mosteiros do Egito 300 anos depois do novo testamento ter sido escrito. Por volta de 375 D.C. um monge chamado Evagnus Pontius fez uma lista das muitas tentações da alma humana, refinando a lista até resumi-la nas mais perigosas, eram 8 tentações terríveis que poderia levar a humanidade ao inferno, conhecidas apenas por monges. Anos depois o Papa Gregório magno , o grande, diminuiu a lista para 7 e os nomeou pecados e os declarou capitais.
O mais paradoxal dos pecados capitais, a gula é muito mais que um pecado, é uma visão distorcida, é uma obsessão pervertida onde a comida é objeto de nosso prazer. A gula diferencia-se da necessidade de comer pelo fato de ser o ato de alimentar-se além do necessário, apenas para sentir prazer, comendo fora dos horários e desejando a comida e, assim, vivendo para comer e não comendo para viver
A visão bíblica para isto diz que o diabo usava-o para atrair Jesus para o inferno, após jejuar por 40 dias e 40 noite o diabo tentou-o com o pecado da gula, falando para Jesus transformar as pedras que haviam no caminho em pães, e Jesus respondeu que nem só de pão vive o homem mais da palavras de deus, enfatizando que Deus deveria ser foco de nossa atenção e se passa o tempo todo pensando comida, esta ignorando deus .
Segundo religiosos, o Inferno para os pecadores da gula, era algo pútrido,úmido e com cães de três cabeças para vigia-los, para, assim, pensarem no que fizeram ao seu corpo, sua morada, durante a vida toda.
Vista como porta para diversos outros pecados como luxuria e preguiça, a gula é rodeada de lendas que tentam explicar a população o perigo o que os rodeia. Segundo a lenda medieval de João de Perverlie, um homem fez um pacto com o diabo, que o fez escolher entre 3 pecados: gula, estupro e assassinato. Pensando ser menos ofensivo o homem escolheu a gula em forma de bebedeira. Sem perceber que entrou no quarto errado, ele sentou na cama e se deparou com sua própria mãe, sem se dar contar disso, foi impedido pelo pai, mais o matou. Ao escolher um pecado menor a gula, ele cometeu encesto, estupro e assassinato.
Com medo de cometerem o mesmo erro da lenda porém não querendo ver-se longe daquele prazer, os mais nobres começaram a usufruir de técnicas para burlar as comemorações religiosas que “proibiam” certos tipos de comidas, como a quaresma com a proibição do consumo das carnes vermelhas. Para isso contratavam chefs de cozinha para que de alguma forma pudessem comer bem com proibições daquele momento. Ofereciam carne aos nobres falando-os que era feito de peixe, minimizando assim o pecado.
No século XX os representante religiosos começaram a ver o pecado da gula como um problema comportamental que exige acompanhamento, mais agora a sociedade muito mais preocupada com o físico, começam a se preocupar com técnicas que vão ajudar a controlar o consumo de comidas e bebidas. O movimento da temperança, nos EUA, foi um exemplo disso. Criada para acabar o consumo de álcool e proteger as famílias americanas dos efeitos nocivos do álcool e acabou acarretando na criação da lei seca.
- “assim como a neblina encobre os raios de sol, o excesso comida embota a mente”. - Monge Evagnus Pontius
- “o estomago quando não é reprimido, destrói as virtudes da alma”- Papa Gregório Magno
Nenhum comentário:
Postar um comentário